Um grupo de representantes da Associação dos Provedores de Internet do Interior da Bahia reuniu-se com o prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), esta semana para pedir apoio visando à instalação de fibra ótica nas empresas de pequeno porte. Além disso, foi solicitada a intermediação do prefeito para que seja concedido prazo de seis meses pela Coelba para a remoção dos cabos antigos que levam os sinais para as residências.

O presidente da Associação dos Provedores de Internet do Interior da Bahia, Adson Moreno, explicou que foi solicitado o prazo porque a Coelba está cortando cabos e caixas dos provedores, o que tem prejudicado quem precisa do sinal. No entanto, reconhece que a concessionária precisa cobrar o aluguel dos postes, mas disse que o pagamento só pode ser feito após a migração. “Aos poucos, já estamos migrando, pois não temos recursos para fibra ótica”, afirmou Moreno. Ele adiantou que existem 16 provedores em Itabuna e a maioria tem licença da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Atualmente há 30 mil usuários de internet vinculados a empresas ligadas a Associação dos Provedores de Internet do Interior da Bahia
Como o diálogo entre Coelba e Associação foi suspenso por conta do impasse, o prefeito, já entrou em contato com a Coelba para viabilizar o recebimento das reivindicações apresentadas pela entidade.

ENTENDA  COMO  FUNCIONA A FIBRA  ÓTICA 

A fibra ótica  é uma  tecnologia relativamente  nova e tem sido amplamente utilizada  pelas empresas  provedoras de serviços de Internet com a  finalidade de fornecer o serviço com mais velocidade. No entanto, para que ela chegue até o cliente, a prestadora deve investir em infraestrutura, como fazer o aluguel de poste para passar todo o cabeamento nos locais determinados. No entanto, para que o cabeamento seja passado, é preciso utilizar os postes de energia elétrica. Nesse cenário, as empresas de telecomunicações devem solicitar seu compartilhamento junto às concessionárias fornecedoras de energia. Em cada um deles, são disponibilizados em torno de 5 faixas, com tamanhos de 10 cm, que podem ser utilizados tanto para a passagem de cabos de fibra óptica quanto para os cabos de telefonia.

Ao ser feita a solicitação de compartilhamento de infraestrutura, a operadora deve apresentar um projeto no qual especifica todo o processo de implementação e o número de postes que serão utilizados. Dessa maneira, ela deve pagar à concessionária um valor mensal referente ao aluguel desse espaço disponibilizado.

                   Foto; Henrique Kawaminami