Em função da pandemia da Covid 19, o Mutirão do Diabetes de Itabuna, promovido pela ONG Unidos pelo Diabetes, Prefeitura Municipal e Hospital Beira Rio, aconteceu em formato híbrido. Iniciado com a captação de pacientes por Agentes Comunitários de Saúde (ACS), seguido de uma triagem realizada no CAIC, seguindo todos os protocolos de saúde. Cerca de 700 pessoas participaram de uma tele-triagem tendo sido realizados vários exames, como: Retinografia Digital, com laudo a distância; exames do pé diabético; e retinografia digital. As imagens foram enviadas para uma equipe médica de oftalmologistas especialistas de em Retina e Vítreo que emitiram laudos, com apoio da Inteligência Artificial, sinalizando quais os pacientes graves que deveriam receber atendimento especializado.

No dia 20 de novembro, cerca de 120 pacientes tiveram atendimento no Hospital Beira Rio para avaliação presencial, realização de exames e avaliação multidisciplinar, com mapeamento de retina, exames especializados para avaliação com nefrologistas além de avaliação cardiológica com eletrocardiograma. 38 pacientes foram submetidos a tratamento gratuito com fotocoagulação a laser.

TELEMEDICINA/TELEDIAGNÓSTICO                                                                                     

“Além de todos os protocolos de distanciamento o que realmente veio para ficar foi o uso da telemedicina, ou o telediagnóstico, principalmente para o rastreio da retinopatia diabética e outras doenças associadas”, revela o médico Rafael Andrade, presidente da ONG Unidos pelo Diabetes, idealizador e coordenador do Mutirão. “As dificuldades aceleraram soluções que servirão pós pandemia com certeza para democratizar o acesso, principalmente em lugares mais distantes ou esquecidos”, observa Rafael.

O modelo do Mutirão de de 30 cidades fizeram mutirões que foram inspirados no modelo de Itabuna.

“Os mutirões em todo o Brasil estão atingindo grande poder ação, ficando cada vez maiores, multidisciplinares e impactantes, e tendo como foco principal a prevenção, através de exames do fundo olho, pé e rim diabéticos; atividades educativas; além de mobilização e envolvimento da comunidade”, pontuou Rafael Andrade.

Itabuna através da ONG Unidos Pelo Diabetes vem sendo replicado, inspirando campanhas em várias cidades, por meio de consultoria à distância, cursos presenciais para mutirões nos congressos médicos, e alguns casos, com treinamento presencial em loco na própria cidade. Em 2018 eles aconteceram em 17 cidades brasileiras e em 2019 chegaram a 24 municípios. Já em 2020, poucas cidades chegaram a fazer alguma ação, quando em Itabuna, foi desenvolvido este novo modelo adaptado. Em 2021, cerca de 30 cidades do Brasil fizeram mutirões que foram inspirados pelo modelo implantado em Itabuna.

“Os mutirões em todo o Brasil estão atingindo grande poder ação, ficando cada vez maiores, multidisciplinares e impactantes, e tendo como foco principal a prevenção, através de exames do fundo olho, pé e rim diabéticos, atividades educativas, de mobilização e envolvimento da comunidade”, pontuou Rafael Andrade.

                    Rafael Andrade, presidente da ONG Unidos Pelo Diabetes diz que modelo itabunense de Mutirão inspirou outras  cidades brasileiras