O Rio de Janeiro viveu nesta terça-feira um “dia de cão” quando forças de segurança botaram mais de 2 mil policiais no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha para enfrentar o Comando Vermelho. A megaoperação tinha como objetivo frear avanços territoriais e cumprir mais de 100 mandados de prisão, principalmente de líderes dessa facção criminosa que domina a capital carioca, que vem há décadas aterrorizando a população e traficando drogas em larga escala além de possuírem grande quantidade de armas sofisticadas e de alto poder de  resolução. 

Para muitos, essa foi uma das ações mais letais na história policial do Estado, vez que 64 suspeitos foram mortos e quatro policiais também tombaram durante o conflito.

Foram apreendidos mais de 90 fuzis, drogas e 81 pessoas foram presas suspeitas de fazerem parte do CV. Até drones com bombas foram utilizados pelos traficantes para conter o avanço da polícia além de ônibus queimados que foram usados como barricadas pelos criminosos.

Escolas foram fechadas e mais de 20 mil alunos ficaram sem aulas, além de postos de saúde que suspenderam seus atendimentos. Também, os serviços de transporte urbano e o comércio dessas localidades interromperam suas atividades, deixando a população acuada e forçada a permanecer em suas casas. Pelo menos, 200 mil pessoas que vivem no entorno dessas comunidades foram seriamente afetadas.

ESTADUAL X FEDERAL

Críticas estão sendo feitas a Claudio Castro que acusam o governador de ter autorizado uma operação policial sem planejamento colocando em risco não só os policiais, como também a população. Ainda, apontam que houve incompetência por não ter solicitado apoio da segurança nacional através do governo federal. Castro rebateu o ministro Ricardo Lewandowsky, afirmando que foi encaminhado um documento pedindo reforços ao Ministério da Justiça, mas que não obteve resposta.