Em apenas vinte dias, segundo o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, o Estado já contabiliza 22 ocorrências relacionadas à ingestão do metanol, com cinco mortes confirmadas e 17 em apuração, incluindo os cinco óbitos. As vítimas foram intoxicadas por ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. 

Bares e restaurantes da capital paulista e de São Bernardo do Campo estão sendo sob severa investigação por parte da polícia e de agentes da Vigilância Sanitária que tentam chegar aos responsáveis pela comercialização dessas bebidas.

Whiskey, vodca, gin e até cerveja foram “batizadas” com o metanol e causaram danos severos aos consumidores. Além de mortes, o metanol causou cegueira em uma das vítimas sendo que outras três pessoas permanecem hospitalizadas. 

Em nota, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) está recomendando que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos e que “a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre e selo fiscal”.

O QUE É

O metanol (CH₃OH) é uma substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação. O produto é um tipo de álcool simples, incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum.

Para o diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, Rodolpho Ramazzini, o metanol é utilizado nas bebidas clandestinas que vem das “sobras” de etanol dos postos do PCC lacrados pela polícia durante a operação” Carbono Oculto”.