Depois de 51 dias os foragidos de uma prisão de segurança máxima em Mossoró (RN) foram recapturados em Marabá, no Pará. Os fugitivos Rogério da Silva Mendonça (35) e Deibson Cabral (33), mobilizaram mais de 600 agentes de segurança, distribuídos entre a PF (Polícia Federal), PRF (Policia Rodoviária Federal), Força Nacional além de policiais civis e militares de vários estados. Além desse grande efetivo policial foram ainda utilizados helicópteros, drones, cães farejadores e inúmeras viaturas, que sem sucesso não conseguiram capturar os dois fugitivos.

Os dois bandidos que integram o CV (Comando Vermelho) que tem atuação não só no Rio como em mais de 20 estados, dividem com o PCC (Primeiro Comando da Capital) o controle do crime organizado no país.

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

Essa operação que abalou o país e ficou marcada por muitos erros cometidos pelas forças de segurança além de mostrarem a fragilidade do sistema penitenciário brasileiro, deixou um rombo gigantesco no orçamento da segurança pública.

No total, foram gastos mais de 2.1 milhões de reais que abrangeram desde equipamentos de última geração, hospedagem, diárias do efetivo policial, combustível e outras despesas que resultaram num grande fracasso para as forças de segurança.

A logística implantada não conseguiu competir com a estratégia montada pela rede criminosa que conseguiu levar os foragidos a percorrerem mais de 1.600 kms, atravessando cinco estados (Rio Grande do Norte/Ceará/Piauí/ Maranhão/Pará) e por pouco não chegarem à fronteira e desaparecessem de vez do cenário nacional, deixando para trás uma força de segurança, desorganizada, incompetente e desmoralizada.