DEPOIS DE ESCÂNDALO DO GSI GOVERNO MANOBRA PARA INDICAR PRESIDENTE E RELATOR DA CPMI NO CONGRESSO
DEPOIS DE ESCÂNDALO DO GSI GOVERNO MANOBRA PARA INDICAR PRESIDENTE E RELATOR DA CPMI NO CONGRESSO
Tonet por Tonet
Tonet por Tonet
Depois das imagens que levaram à queda do ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Gonçalves Dias, o governo agora tenta nova manobra para indicar o presidente e o relator da CPMI que segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco após a leitura do requerimento deverá ser instalada imediatamente.
FORÇA TÁTICA
Anteriormente, o governo se posicionou contrário à abertura de uma CPMI sobre os atos ocorrido no dia 8 de janeiro passado. Mandou um “esquadrão da força tática” para “convencer” aliados, não aliados, centrão e até alguns políticos da oposição a retirarem as assinaturas no requerimento encaminhado à presidência do Senado. Que tentou de todas as maneiras adiar o processo de instalação da CPMI. Conseguiu o adiamento da leitura do requerimento por três vezes, ganhando tempo para que “a força tática” convecesse os rebeldes a retirar as assinaturas para enterrar de vez a CPMI. Em alguns momentos, saíam três assinaturas e entravam quatro. O governo como sempre, sem apoio e desprestigiado perante a classe política, que ignorou os pedidos e a tentativa de sedução de aporte de emendas e rios de cargos no segundo e terceiro escalões.
ANGU COM CAROÇO
Até o momento, nem integrantes do Congresso nem tampouco mídia e opinião pública conhecem o porquê de o governo não querer uma CPMI sobre o 8 de Janeiro. Uma data terrivelmente vergonhosa para o país e que até agora tem deixado dúvidas e uma poeira de informações contraditórias. Para alguns, ao invés de “terroristas e vândalos”, o que se viu foi agentes infiltrados promovendo quebra-quebra cujos perfis nem de longe combinavam com aqueles senhorzinhos e senhorinhas que ficavam plantados nas portas dos quartéis protestando contra o processo e o resultado das eleições de outubro passado.
CONFUSO, BARULHENTO E INOPERANTE
Finalmente, sem conseguir apoio para barrar a CPMI e após o escândalo que levou à exoneração do chefão do GSI depois das imagens em que ele mantinha contatos cordiais com os “terroristas” que depredaram o gabinete do presidente, o governo aceitou a CPMI, mas quer mandar na presidência e relatoria. Claro, que nesse processo esses cargos são muito importantes. O relator, inclusive importa mais que o presidente. Mas, o governo vai sofrer um desgaste tamanho em apenas cem dias de poder, porque como diz o ditado “roupa suja se lava em casa”. Nesse caso, a trouxa de roupa é bem maior do que as imbecilidades que saem da boa do presidente a toda hora. Sem falar que este governo além de confuso, barulhento e inoperante não conseguiu emplacar metas e nem encarar desafios, tipo as invasões de terras pelo MST. Mas, isso já é assunto pra outra CPI.