AS VELHINHAS DA PAPUDA OU AS INCRÍVEIS AVÓS QUE VIRARAM TERRORISTAS
AS VELHINHAS DA PAPUDA OU AS INCRÍVEIS AVÓS QUE VIRARAM TERRORISTAS
Tonet por Tonet
Tonet por Tonet
O número de manifestantes presos após a invasão dos prédios do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional em Brasília, já está em torno de dois mil. Essas pessoas em sua maioria estavam no acampamento montado em frente ao QG do Exército e foram detidas durante a operação que desmobilizou o acampamento.
Outros 300 já começaram a ser presos em flagrante desde ontem e já estavam na sede da Polícia Civil do Distrito Federal. Não só idosos como também crianças foram jogados num ônibus e transportados para um galpão, sem direito a água, comida e também a presença de familiares ou advogados. Estão incomunicáveis aguardando a hora de serem encaminhadas para o Complexo Penitenciário da Papuda e para a Colmeia, penitenciária feminina do Distrito Federal. Vai demorar de separar o joio do trigo para que realmente sejam identificados os responsáveis por esses atos de vandalismos que não respondem pelas manifestações pacíficas que até então estavam sendo realizadas em várias partes do país. Esses criminosos merecem punição severa por danos ao patrimônio público e por terem manchado as nossas principais instituições republicanas.
GOLPISTAS
O governo federal teima em rotular essas manifestações em frente aos quartéis de “atos golpistas”, o que para muitos articulistas não passam de narrativas alienadas, uma vez que até o momento não se identificou nenhum líder que esteja falando em nome dessas pessoas. Não existe um DNA que identifique os “cabeças” das manifestações. Agora, colocar sob o mesmo guarda-chuva pessoas de bem, senhores e senhoras, avôs e avós acima dos sessenta espremidos sem nenhuma condição de higiene e privados de serem ouvidos por autoridades judiciais, ai já é extrapolar os princípios mais básicos dos direitos humanos. Convenhamos que classificar as velhinhas da Papuda de terroristas já é um exagero midiático que beira à insanidade e nos expõe lá fora ao ridículo. Ou melhor, consolida o que já se antevia antes mesmo da posse: entramos definitivamente numa ditadura de esquerda sem precedentes e que poderá no futuro, trazer graves consequências ao futuro político deste país.
CAÇA ÀS BRUXAS
Na tentativa de se livrar de um problema desse tamanho e que repercutiu negativamente país afora, o governo está promovendo uma verdadeira caca às bruxas para conter a disseminação de manifestações país afora. Decretou intervenção federal na SSP de Brasília e agora o STF afasta o governador Ibaneis Rocha (antes mesmo de assumir o mandato já que foi reeleito em outubro passado); e pede a prisão de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro e que ocupava a pasta da segurança no GDF. O governo continua pedindo a a cabeça de bolsonaristas e o STF obedece. Já está em curso um pedido de extradição do jornalista Allan dos Santos, que mora nos EUA e uma preventiva para o ex-presidente Bolsonaro. Se isso se concretizar, vão dar um verdadeiro tiro no pé. Mito é mito.
INFILTRADOS
Não só setores do governo federal como manifestantes concordam que a depredação foi executada por indivíduos alheios ao movimento, ou seja “infiltrados” que comandaram a ação que resultou na destruição parcial dos prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
FINANCIADORES
Para o ministro da Justiça, Flavio Dino é muito importante se descobrir a origem dos financiadores do movimento, sendo que é muito forte a hipóteses de que haja envolvimento de integrantes do agronegócio, porém “ainda não é possível distinguir nitidamente responsabilidades”, ressaltou.
AGRO NEGA
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), publicou uma nota de repúdio aos atos, negando participação nos atos criminosos. Diz a nota:
” Declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país. A bancada é contra a grilagem o desmatamento ilegal e o uso irrestrito de pesticidas em lavouras; assim é importante esclarecer que a FPA e os representantes do agro prezam pela democracia e se posiciona, contra quaisquer atos que gerem prejuízos ao país”.