A invasão de prédios públicos na tarde deste domingo (dia 8), em Brasília trouxeram preocupação aos atuais governantes por conta de uma possível convulsão social que possa se espalhar por todo o país. O Congresso Nacional, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto foram seriamente depredados por "supostos bolsonaristas radicais”, o que é contestado pela maioria dos manifestantes que estão aquartelados na porta do Comando do Exército em Brasília desde novembro do ano passado.

INTERVENÇÃO FEDERAL - o presidente Lula que se encontrava em Araraquara, no interior de São Paulo em visita oficial, atribuiu a culpa “ao genocida” e pessoas que não se conformam com o resultado das eleições de 30 de outubro. “Vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram à Brasília e todos eles pagarão com a força da lei, ressaltou o presidente. Por conta disso, decretou intervenção federal na Secretaria de Segurança do GDF, forçando o governador Ibanez Rocha a demitir Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e atual titular da pasta, que se encontra nos Estados Unidos. Quem assume o órgão é o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli. O decreto tem validade até o dia 31 de janeiro.

ATOS GOLPISTAS

Durante entrevista coletiva à imprensa, o Ministro da Justiça, Flávio Dino classificou de “atos terroristas e golpistas, a tragédia deste domingo na capital federal”. Ele adiantou que mais de 200 pessoas já foram presas e serão responsabilizadas por esses “atos criminosos”. Ele tentou minimizar a fragilidade das forças de segurança que atuam neste novo governo, mas não conseguiu explicar porque os serviços de inteligência não previram esses atos que já vinham sendo marcados via internet e inclusive cm a circulação de ônibus em Brasíla, vindos de várias partes do país.

REPÚDIO

O ministro de Comunicação, Paulo Pimenta, ao ver o estrago em que ficou o Planalto disse ter certeza de que “a maioria dos brasileiros quer união e paz e que essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e prega a violência; uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei”.

A situação só foi controlada às sete da noite após a chegada da Tropa de Choque que conseguiu dispersar a multidão que se concentrava na praça dos Três Poderes.