Tonet por Tonet
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Internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 25 de julho, o apresentador, escritor, humorista, apresentador, ator, diretor, o múltiplo Jô Soares morreu em São Paulo, nesta sexta-feira, aos 84 anos.
VIDA E OBRA
José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro no dia 16 de janeiro de 1938. Filho do empresário Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, mudou-se com a família para a Suíça, onde viveu por cinco anos.
Iniciou sua carreira como apresentador no SBT com o programa “Jô Soares Onze e Meia”, que foi ao ar entre 1988 e 1999. Em 2000, na Rede Globo, fez o “Programa do Jô”, encerrado em 2016.
Como escritor, deixa ao menos dez livros publicados, dentre eles, "O Xangô de Baker Street", de 1995, que virou filme; "O Homem que Matou Getúlio Vargas", de 1998; e sua autobiografia "O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada", publicada em dois volumes em 2017 e 2018.
PERSONAGENS ICÔNICOS
Jô tinha uma gama de personagens que fizeram história ao longo da sua carreira na TV. Relembre alguns desses tipos que faziam a alegria de milhares de brasileiros:
BO FRANCINEIDE
Era uma atriz de pornochanchadas que vivia grudada na sua “porno-mãe” (Henriqueta Brieba). “E penar que eu saí de dentro dela!”
ZÉ DA GALERA
Era um torcedor fanático da seleção brasileira, que ligava de um orelhão para o então técnico Telê Santana para dar palpites: “Bota ponta, Telê!”
CAPITÃO GAY
Sob uma identidade secreta de homens de negócios, o Capitão Gay e seu escudeiro Carlos Suely (Eliezer Motta) defendiam os fracos e oprimidos com roupas multicoloridas. Do “Faça amor..”, Norminha era uma cantora hippie que queria a fama: com quatro dedos da mão aberta, dizia: “Paz, amor, som e Norminha”.
SEBÁ
Um exilado que de fora do Brasil queria voltar ao país e ligava para um amigo que lhe atualizava com as notícias. Chocado com as notícias, reclamava indignado e largava o seu bordão: “Você não quer que eu volte!”.
REIZINHO
Com esse personagem, Jô tinha que ficar de joelhos para fazer o monarca de um pequeno país com um ego enorme, que era saudado por seus súditos com: “Sois rei! Sois rei! Sois rei!”
EVARISTO
Era um funcionário público que não se responsabilizava por nada. Seu bordão clássico: “Não me comprometa!”.